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Todo mundo se sente ansioso ou desconfortável de vez em quando. Mas para algumas pessoas isso é recorrente sobretudo para quem tem algum tipo de fobia. As fobias resultam da aversão ou medo psiconeurótico a objetos ou situações particulares.
No mundo, são infinitos os tipos de fobia possíveis, e hoje, falaremos particularmente da tripofobia.

O que é tripofobia?

A tripofobia caracteriza-se por um medo irracional de imagens ou objectos que tenham buracos ou padrões irregulares, como favos de mel, agrupamento de buracos na pele, madeira, plantas ou esponjas, por exemplo.
As pessoas que sofrem com esse tipo de fobia sentem-se mal e surgem sintomas como coceira, tremores, formigamento e repulsa quando entram em contacto com esse tipo de padrões. Em casos mais graves, a tripofobia pode levar a enjoos, aumento dos batimentos cardíacos e até mesmo crise de pânico.
O tratamento pode incluir terapia gradual de exposição, uso de ansiolíticos e antidepressivos ou psicoterapia.

Principais sintomas

Pessoas com tripofobia quando estão expostas a padrões como sementes de lótus, favos de mel, bolhas, morangos ou crustáceos, podem apresentar os seguintes sintomas:

• Enjoo;
• Tremores;
• Suores;
• Nojo;
• Choro;
• Arrepios;
• Desconforto;
• Aumento do ritmo cardíaco;
• Coceira e formigamento generalizados.

Em casos mais graves, a pessoa pode também sofrer ataques de pânico, devido a um nível extremo de ansiedade.

Causas da tripofobia

De acordo com pesquisas, as pessoas com tripofobia associam inconscientemente os buracos ou objetos com padrões irregulares, normalmente relacionados a padrões criados pela natureza, a possíveis situações de perigo. Essa sensação de perigo é desencadeada sobretudo devido à semelhança entre o aspecto dos buracos com a pele de animais venenosos, como cobras, por exemplo, ou com vermes que causam doenças na pele, como calcanhar de maracujá.
Geralmente, as pessoas que sofrem com essa fobia não conseguem distinguir situações em que há ou não perigo, tratando-se de um reflexo inconsciente que resulta em reações que não podem ser controladas.

Tratamento da tripofobia

Existem várias formas de tratar esse transtorno psicológico, sendo a terapia de exposição a forma mais eficaz. Este tipo de terapia ajuda a pessoa a controlar o medo, mudando a sua resposta em relação ao objeto que o provoca, devendo ser feito com muito cuidado de forma a não provocar trauma.
Esta terapia deve ser feita com o auxílio de um psicólogo através da exposição ao estímulo que provoca a fobia de forma gradual. Através do diálogo, o terapeuta usa técnicas de relaxamento, para que a pessoa enfrente o medo, até o desconforto diminuir.
A terapia pode ser combinada com outras técnicas que ajudem a reduzir a ansiedade e a tratar esse medo tais como:

• Tomar remédios para ajudar a reduzir a ansiedade e os sintomas de pânico, como beta-bloqueadores e sedativos;
• Praticar técnicas de relaxamento como ioga por exemplo;
• Praticar exercício físico para reduzir a ansiedade.

A tripofobia ainda não é oficialmente reconhecida no Manual de Diagnóstico- Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, no entanto alguns estudos mostram-se confiantes na ideia de que a fobia existe e provoca sintomas que condicionam a vida das pessoas no mundo inteiro.

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